Luísa Tinoco: “Como magistrada, o meu maior desafio é conseguir transmitir às partes o sentimento de confiança no sistema de justiça.”

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Luísa Tinoco tem 54 anos, é do Porto e é juíza de Contratos Públicos no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa. Por vocação, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito – Escola do Porto da Universidade Católica Portuguesa, onde se licenciou em 1994 e concluiu o mestrado em Direito Administrativo, em dezembro de 2022.  Para si, estudar Direito na Católica “é uma referência de mérito para toda a vida”. Nos tempos livres, gosta das coisas simples da vida!

 

É licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica no Porto. Porquê estudar Direito?

Escolhi o curso de Direito por vocação.

 

Quais são as suas principais memórias de infância?

Tive uma infância muito feliz. Nasci no seio de uma família simples e já tinha duas irmãs. Sendo o meu pai transmontano e a minha mãe alentejana, passei a minha infância entre uma pequena aldeia do concelho de Montalegre e a cidade de Évora e, em tempo letivo, no Porto. As minhas principais memórias transportam-me sempre ao tempo em que brincava com as minhas irmãs e os meus primos, às férias na praia ou no campo, aos dias passados na piscina e aos piqueniques com a minha avó materna. Foram muitos os momentos de felicidade.

 

Um episódio especial da sua vivência na Católica?

No último ano da licenciatura, na disciplina de Direito Penal, fiz um trabalho facultativo que mereceu da parte do docente da disciplina e dos meus colegas de turma uma reação muito gratificante.

 

“O que caracteriza o ensino do Direito na Universidade Católica é a excelência na transmissão do saber.”

 

Que percurso profissional seguiu depois de se licenciar?

Depois de me licenciar em Direito, fui advogada, professora e formadora. Dei formação na área da contratação pública e exerci advocacia essencialmente na mesma área. Foram mais de mil os procedimentos que acompanhei, de norte a sul de Portugal continental.

 

É Juíza de Contratos Públicos no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa. Como é o seu dia-a-dia de trabalho?

O meu dia de trabalho é árduo, passo muitas horas em frente ao computador e sozinha, leio muito, desde doutrina a jurisprudência, para além dos articulados extensos na maioria das vezes, e há dias em que trabalho pela noite fora. Faço despachos e sentenças. Quando tenho audiências prévias ou audiências finais, preparo-as previamente.

 

O que é que mais a fascina na sua profissão?

O que mais me fascina na profissão de magistrada é sentir que o meu trabalho vai contribuir para a resolução de um litígio e o meu maior desafio é conseguir transmitir às partes o sentimento de confiança no sistema de justiça.

 

“O que me move nesta vida é o Amor que tenho pela vida.”

 

A sua profissão exige uma atualização permanente dos conhecimentos. De que forma é que isso também a desafia?

Gosto de ler e tenho vontade própria de saber sempre mais. É no exercício das minhas funções que vou crescendo em saber, porque os assuntos divergem muito e obrigam-me a estudar permanentemente.

 

É também mestre pela Faculdade de Direito da Católica no Porto. O que é que caracteriza o ensino do Direito na Católica?

Sim, concluí o Mestrado em Direito Administrativo em dezembro de 2022. Para mim, o que caracteriza o ensino do Direito na Universidade Católica é a excelência na transmissão do saber  associada à elevada preparação do seu corpo docente. É uma referência de mérito para toda a vida.

 

O que gosta de fazer nos seus tempos livres?

Nos tempos livres gosto de dormir, ver um bom filme, cozinhar, passear junto ao mar ou no campo, ouvir música, fazer exercício físico e estar com os meus. Enfim, gosto das coisas simples da vida, porque são as que verdadeiramente me dão saúde e me trazem felicidade.

 

O que é que a move?

O que me move nesta vida é o Amor que tenho pela vida, pela minha família, pelo meu trabalho, pelo próximo e pelo meu país.

 

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24-04-2024